O
texto apresentado como referência para a leitura da 2ª semana faz um recorte
histórico sobre a educação escolar de alunos com surdez destacando a existência
de um embate político e epistemológico entre os gestualistas e oralistas,
embate esse que:
Enquanto as discussões ficam centradas na
aceitação de uma língua ou de outra, as pessoas com surdez não têm o seu
potencial individual e coletivo desenvolvido, ficam secundarizadas e
descontextualizadas das relações sociais das quais fazem parte, sendo relegadas
a uma condição excludente ou a uma minoria. (Damázio e Ferreira, 2010, p. 47)
Porém
segundo os autores acima citados a pessoa com surdez não é deficiente, apenas
tem perda sensorial auditiva, mas, por outro lado, há toda uma potencialidade
do corpo biológico humano e da mente humana que canalizam e integram os outros
processos perceptuais, tornando essa pessoa capaz.
Nessa
perspectiva o texto faz uma critica ferrenhas as propostas que não estão de acordo
com a Política Nacional de Educação Inclusiva, por separarem as pessoas com
surdez das pessoas ouvintes, indo de encontro também entre gestualistas e
oralistas.
Acerca
deste fato, Damázio e Ferreira (2010, p.48) relata que:
O problema da educação das pessoas com surdez
não pode continuar sendo centrado nessa ou naquela língua, como ficou até
agora, mas deve levar-nos a compreender que o foco do fracasso escolar não está
só nessa questão, mas também na qualidade e na eficiência das práticas pedagógicas.
Assim
o texto analisa a pessoa com surdez como um ser capaz, acreditando no seu corpo
biológico, não em sua deficiência colocando essa pessoa numa concepção
pós-moderna, quebrando o modelo da dicotomização entre oralistas e
gestualistas, vendo a proposta bilíngue como uma ruptura da visão
segregacionista das pessoas com surdez.
Através
do Decreto 5.626 de 05 de dezembro de 2005 foi legitimada uma educação visando à
formação das pessoas com surdez em que a Língua Brasileira de Sinais e a Língua
Portuguesa, de preferência na modalidade escrita, constituam línguas de
instrução e que o trabalho com essas duas línguas se concretize paralelamente
na escola, visando o desenvolvimento do processo educativo.
AEE –
PS Atendimento Educacional para Pessoas com Surdez
AEE em Libras. Sala
do AEE. Na parede frontal da fotografia o professor explica aos 6 alunos que
estão dispostos em semicírculo. Utiliza recursos imagéticos. Na mesma parede,
do lado esquerdo, a tecitura dos contextos. Na parede atrás do professor, uma
lousa. No meio dos alunos mesa com materiais concretos.
O
Atendimento Educacional Especializado para o ensino DE LIBRAS: esse momento é
planejado a partir do diagnóstico do aluno respeitando suas necessidades
especificas, em horário contrário aos das aulas, na sala de aula comum pelo professor
e/ou instrutor de libras. Os materiais e recursos usados no AEE para o ensino
de libras devem está na sala de aula e respeitar as necessidades
didático-pedagógicas para o ensino dessa língua, principalmente o estudo dos
termos científicos.
AEE de Libras. Sala
do AEE. Professora e aluno, ambos de pé. Professora segura um cartaz com
imagens. Aluno participando da aula ao lado do cartaz. Ao fundo, lousa com
outras imagens.
Atendimento
Educacional Especializado para o Ensino da língua Portuguesa – Escrita: esse
trabalho é realizado na sala de recurso multifuncional, em horário contrário ao
da sala comum por um professor preferencialmente graduado em Letras, pois este
deve conhecer os pressupostos linguísticos e teóricos que fundamentam o
trabalho com a Língua Portuguesa escrita para alunos com surdez.
. Aluno sentado utilizando a mesa,
escrevendo no caderno com lápis. Ao fundo, mesas com diversos livros.
REFERÊNCIA
DAMÁZIO, M. F. M.; FERREIRA, J. Educação
Escolar de Pessoas com Surdez-Atendimento Educacional Especializado em
Construção. Revista Inclusão: Brasília: MEC, V.5, 2010. p.46-57.
Nenhum comentário:
Postar um comentário