Analisando o texto: “O modelo dos
modelos” de Ítalo Calvino se pôde perceber que de antemão qie o Senhor Palomar não pensou o
ser humano como um ser dotado de competências, habilidades e necessidades que
lhe são específicas. Para ratificar esse pensamento idealizou um modelo: único,
ideal, homogêneo, harmonioso que a partir de correções necessárias modelo e
realidade se coincidissem.
Porém ao idealizar o referido modelo
à realidade humana se dá conta da complexidade desta realidade, realidade que
existe, está sempre em processo, é inacabada, diferente e que, portanto possui
necessidades específicas não cabendo a ela modelo e sim modelos que se possível
pudessem ser transformados e adaptados á cada realidade e talvez, até mesmo
dissolvidos.
O texto acima mantém uma relação
clara com o Atendimento Educacional Especializado (AEE) quando partimos do
pressuposto de que a inclusão veio romper com os paradigmas que serviam de
suporte para o conservadorismo das escolas, negando os fundamentos que norteavam
os sistemas educacionais, questionando a fixação de modelos ideais, a
normalização de perfis específicos de alunos e a escolha de alunos por meio de
seleção para frequentar as escolas, gerando, com isso, identidades e
diferenças, inserção e/ou exclusão.
Dessa forma o AEE de acordo com a
Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva
(2008) deve identificar elaborar e organizar recursos pedagógicos e de
acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos,
considerando suas necessidades especificas.
Foi vasto e enriquecedor o
conhecimento adquirido no Curso de Especialização, Formação Continuada de
Professores para o Atendimento Educacional Especializado. Fundamentamos-nos
teoricamente, elaboramos estudo de caso, natureza, clarificação e solução do
problema, plano para o AEE discutiu-se as melhores estratégias que contemplassem
os alunos em estudo, assim não podemos esquecer que antes de olhar as partes
devemos compreender o todo; antes de enxergar a deficiência, devemos adquirir
mais informações sobre as pessoas que não andam, não enxergam, não ouvem, não
se comunicam e antes de apontar o que o outro não pode fazer devemos perguntar
o que ele tem a oferecer assim estaremos rompendo com os modelos que têm como
princípios a homogeneidade e não a heterogeneidade.
Parabéns pelo seu texto! Você fez uma excelente análise do texto de Calvino. Abraço!
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